segunda-feira, 6 de agosto de 2018

PAPAI e Nick - Um pouco sobre a morte.



“Era um dia chuvoso e Nick se sentou na varanda e ficou horas observando as gotas que caiam do céu. PAPAI ficou ali com ela, porém sem dizer nada, Ele sabia que algo estava apertando o seu coração, mas esperou o momento dela se sentir à vontade para compartilhar... Depois de algum tempo, Nick sente a presença de PAPAI...
- Não sabia que estava aqui, PAPAI.
- Sempre estou, minha pequena.
Um pequeno silêncio acontece...
- A chuva é bonita... – Nick fala baixinho.
- EU também gosto dela.
Nick estava triste, começou a pensar em algumas coisas, começou a refletir sobre outras e no final não sabia o motivo de ter chego a tais pensamentos, não sabia se era pelas situações ou se pela chuva naquele dia tão melancólico...
- PAPAI?
- Sim, filha.
- Eu... – Nick estava sem graça...
- Pode falar... – PAPAI a encorajou
- Eu nunca vou entender a morte... Um dia a pessoa está tão bem olhando pra você, brincando, te confortando, te encontrando pelas esquinas e no outro ela simplesmente não está mais em lugar nenhum... Eu sei, que é o que acontece desde a queda, e sei que um dia vamos encontrar essas pessoas, mas o vazio que fica parece que nunca é preenchido, parece que com o tempo só aumenta...
- Minha filha, EU entendo você, infelizmente há coisas que você só vai conseguir entender quando estiver comigo em outro lugar, que não é aqui. Eu sei que você sente falta do seu amigo, mas eu tenho cuidado dele, não se preocupe que ele está bem. Ele e os outros estão lá conversando e brincando como sempre faziam aqui. Eu permiti que eles estivessem com você por um tempo, permiti porque eles te ajudaram em sua caminhada, te ajudaram a se manter nos meus caminhos e essa era uma das missões deles que foi cumprida, por isso os chamei para o descanso.
- Mas PAPAI, eles eram muito novos, principalmente o Dim.
- Eu sei minha filha.
Nick não consegue controlar o choro, ao lembrar do amigo tão querido, ao lembrar de tantos momentos inesquecíveis e que com o passar do tempo vão virando borrões em sua memória.
- Minha filha, tudo tem um motivo, eu só não posso te explicar nesse momento porque você não entenderia, mas acredite foi o melhor para eles, principalmente para o Dim.
- Mas PAPAI e qual é o melhor para mim?
- Ora, você não se alegra com o que é bom para as pessoas que ama?
- Sim... – Nick estava constrangida
- Então isso basta. Sei que não pode compreender tudo o que faço no momento, mas apenas tenha consciência de que foi o melhor para eles. O Dim sempre está com você, e os outros também.
- Eu sei PAPAI, mas nunca mais será a mesma coisa... Eu sinto muita falta, foi o pior dia da minha vida até agora, não sei como vai ser quando for outros...
- Filha, basta para cada dia seu próprio mal. Confie em mim, tudo irá ficar bem e você os verá novamente e esse tempo de tristeza não será mais lembrado.
Nick ainda chorava, mas o abraço do PAPAI era sempre tão reconfortante, a tristeza pela perda dos amigos era um fato, mas ela conseguia ver que cada um deles a marcou de uma maneira linda, especialmente Dim. Ela nunca iria compreender a morte, mas aprendeu que deveria olhar para o outro lado, no caso para o lado de que, naquele momento, era o melhor para eles, nunca saberemos o que poderia acontecer se eles ainda estivessem aqui, só PAPAI o sabe e talvez por isso decidiu leva-los para perto dele, rápido demais...”

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