terça-feira, 2 de março de 2010

Ninguém ker se prender, mas todo mundo ker ter!


"Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara: 'eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e
todo mundo é meu também'.

No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração 'tribalista' se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.

A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar
de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como:
não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se
importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.

Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir
junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.

Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia
para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas,
enfim, é ter 'alguém para amar'... Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser
autêntico e se permitir viver um sentimento..."

(Arnaldo Jabor)

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse texto é demaaaais!

=]

Bjão
S2

Interessante =O

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