quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Chuva...


"Senti um cheiro fresco de chuva,
fui espiar, esperei...
Ela veio vindo vexada, cabreira, pingo aki, acolá,
Lagrimada fria...
Choro escorrendo cansado dos olhos de Deus,
Dos seus...
Dos meus... assim que todo nosso tempo de espera amargurado finalmente se encontrou.
Você e seu silêncio calado, mudinho, sofredor... é assim que tem ke ser.
Coisa séria esse tal de amor.
Uns tem mais, outros nem tem.
Não carece de chorar por ter amor doído.
antes ter do que faltar.
Um dia a gente se junta, como a chuva ke engrossa, danada. E pra sempre fik, inté o restin da vida.
A gente nunca sabe nada.
Pombinha presa, feito eu, morre aos poucos, sem avoar, sem bater asa.
Mingua e esmurece, separada do par, naum avoa em revoada.
Pássaro triste rodeia e espreita a fêmea na gaiola, de tocaia. Pia gritando, canção calada.
Morre só, sozinho, tadinho.
Perde a penugem que sobra com a idade, deixa da vida, a vontade, por sentir toda a saudade da pessoa mais amada. Chora e deixa a terra molhada."
(João Cotrim - Asilo-ato IV/cena 6)

Um comentário:

Ná* disse...

Assim q assisti a cena lembrei do trecho q vc colocou no msn! =]
Mto lindo mesmo...

Bjuus

S2

Interessante =O

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...